6 mitos sobre bebês

A ansiedade de ter um recém-nascido em casa é algo que todas as mães experimentam – em maior ou menor grau.

Quando estava grávida, sempre me apavorava pensando que não seria capaz de fazer os cuidados básicos, tipo dar banho ou trocar uma fralda. Toda vez que começava a ter esses pensamentos, tentava lembrar que as pessoas vêm fazendo isso há milênios e tá todo mundo aqui, vivinho, pra contar a história.

Aqui estão 6 coisas que você vai ouvir a vó, a tia, a moça da barraca de frutas e a amiga da yoga falarem sobre seu bebê que são pura balela:

1 – Bebê saudável faz cocô todo dia

Nem sempre. A Filipa faz de 2 a 3 vezes/dia, mas conheço várias crianças que estão super bem e fazem com menos frequência. Isso não quer dizer que o recém-nascido está com prisão de ventre. Alguns evacuam a cada 3 ou 4 dias até uns 2 ou 3 meses de idade, que é quando as coisas se normalizam (para a mãe e para o bebê também).

Mas é sempre bom falar sobre isso com o pediatra, porque é ele quem vai avaliar se está normal ou não. Apenas não entre em pânico se hoje a fralda estiver limpa (na verdade, comemore, porque é menos uma cagada pra você limpar).

2 – Bebê precisa tomar banho diariamente

bebê tomando banho

A Filipa nasceu em Santos, litoral de SP, em pleno mês de dezembro. O banho era, sim, necessário. Mas agora em junho não tenho dado todos os dias. Sei que isso provoca o ressecamento da pele delicada do bebê e costumo passar óleo (quando faço shantala) nela para compensar.

O importante é manter a área da fralda bem limpinha. Na Europa, existem alguns produtos específicos pra isso porque lá nenhum bebê toma banho todos os dias – eu chamo esse da Mustela de “banho de gato” e apelo pra ele quando está muito frio. Ah, claro, vale lembrar que também não precisa lavar o cabelo dele toda vez que dá banho.

3 – Encostar na moleira vai causar danos irreversíveis no cérebro do recém-nascido

Também conhecida como fontanela, a pele fina que cobre o crânio pode assustar pais e mães no começo da vida do bebê. Sim, é um local bem sensível, mas a natureza sabe o que faz e o cérebro fica bem protegido. Essa característica (frontal) geralmente some quando a criança faz 1 ano e a parte de trás já fica mais durinha com 3 meses.

4 – Bebê precoce é bebê inteligente

A Filipa é muito estimulada por nós (às vezes acho que até demais) e convive com muitas crianças maiores que ela. Por isso, acho que conseguiu atingir alguns marcos de desenvolvimento mais rapidamente do que leio nos sites e livros sobre o assunto. Sentar sem apoio, por exemplo, foi com 4 meses e meio. Mas, em compensação, ela demorou para rolar de volta da posição de bruços para costas e até hoje, com quase 6, tem um pouco de dificuldade. Ou seja, cada bebê tem seu tempo. É besteira comparar com o filho da vizinha. Além disso, especialistas dizem que a precocidade na primeira infância não tem nada a ver com o que ela vai atingir mais tarde na vida.

5 – Bebê precisa de silêncio e escuro pra dormir

bebê dormindo dentro do sapato

Meu obstetra já chutou essa macumba quando eu ainda estava no hospital. Segundo ele, acostumar a criança a dormir sempre no escurinho e no silêncio não dá certo, porque ela vai exigir essas condições toda vez que estiver cansada e isso é quase sempre impossível de se conseguir. Sim, o telefone toca, o cachorro late e a faxineira usa o aspirador de pó bem quando o bebê finalmente caiu no sono depois de você tentar por 40 minutos. Além disso, uma vez apagados, a maioria deles tem o sono pesado.

6 – A mãe (ou pai) precisa acordar o bebê no meio da noite para mamar e/ou trocar a fralda

Não. Não mesmo. O que vai acontecer é que ele vai te acordar quando tiver alguma dessas demandas, pode ter certeza. Claro que existem casos em que o pediatra indica essa prática (se não estiver ganhando peso, por exemplo). Mas, em linhas gerais, aproveite BEM suas poucas horas de sono porque você nunca mais vai precisar usar um alarme pra acordar.

Quais foram as histórias que você já ouviu e comprovou, na prática, que não eram verdadeiras?